quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ficando Velho



Eu não trocaria meus amigos
Nem minha amada família
Nem minha velha mobília
São todos meus. Tão antigos

Não troco por nada
Por menos cabelos brancos
Nem uma barriga mais lisa
Nem por uma ideia precisa

Com este tempo
Tornei-me meu amigo
Aproveitei do atempo
E construí meu abrigo

Danço ao som dos anos 80,90
Nosso amor a gente inventa
Alguma coisa eu desconheça
Que minha alma não envelheça

Às vezes sou esquecido
Um velho coração partido
Por uma criança que chorou
Um ente que nos deixou

Hoje quando vejo uma criança
Os olhos cheios de esperança
Minha alma agradece
Apenas o corpo padece

Hoje me preocupo menos
Com o que outros pensam
Quando destilam seus venenos
Ou com gestos obscenos

Eu não viverei eternamente
Mas enquanto eu estiver aqui
Só posso dizer o quanto vivi
E que não fui apenas acidente