quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ficando Velho



Eu não trocaria meus amigos
Nem minha amada família
Nem minha velha mobília
São todos meus. Tão antigos

Não troco por nada
Por menos cabelos brancos
Nem uma barriga mais lisa
Nem por uma ideia precisa

Com este tempo
Tornei-me meu amigo
Aproveitei do atempo
E construí meu abrigo

Danço ao som dos anos 80,90
Nosso amor a gente inventa
Alguma coisa eu desconheça
Que minha alma não envelheça

Às vezes sou esquecido
Um velho coração partido
Por uma criança que chorou
Um ente que nos deixou

Hoje quando vejo uma criança
Os olhos cheios de esperança
Minha alma agradece
Apenas o corpo padece

Hoje me preocupo menos
Com o que outros pensam
Quando destilam seus venenos
Ou com gestos obscenos

Eu não viverei eternamente
Mas enquanto eu estiver aqui
Só posso dizer o quanto vivi
E que não fui apenas acidente

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sozinho

Aqui estou eu mais uma vez perdido em minhas poucas palavras, sozinho, ouvindo o sussurro dos fantasmas da noite.

Às vezes me pergunto. Porque gosto de ficar sozinho?

Noites vazias, nada tem, nada importa.

Quero encontrar alguém para curtir uma solidão a dois, mas tenho medo do gostar.

Gostar de alguém que possa me compreender, entender que apenas quero ficar sozinho com meus medos e desilusões.

Tenho certeza de algumas pessoas terão o mesmo sentimento, algumas pessoas não, outras jamais terão.

Eu sei como é este sentimento, pode vir disfarçado, mas muitas vezes estará bem em frente aos olhos e jamais veremos.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Blogs que eu sigo

Ao vento que me leva
Para este BlogZoom
Em meu Pensamento Indelével
Pois sei que Penso. Logo escrevo
Porque sou Safado Poeta

Ah! Se você soubesse
Da Imagem e Palavra
da Pena e Poesia
Kanauã Kaluanã
Um Centeio de Centelhas

Escrevo nesta Casa de Paragens
Um diário da Bruxa Sandra Rosa
Diário que está a vista e ninguém vê
Talvez Uma Crônica por dia
Talvez, uma Poesia? Sim.

Peço licença aos blogueiros e blogueiras destes blogs que estavam nesta seqüencia no dia em que entrei, mas quando vi, vi logo uma poesia.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Desculpas



Queria eu voltar no tempo
Só para te pedir desculpas
Gritaria ao sabor do vento
Tome, leve minhas culpas

Mas fico seco, sem palavras
Não sei dizer coisas bonitas
Digo asneiras, falo besteiras
São apenas palavras aflitas

Fui inconseqüente
Sem pensar no futuro
Um delinqüente
Fui imaturo

Estou em clausuras
Cercado por grades
Sem ter fechaduras
Só com crueldades

Peço que tu perdoe
Este que fui pra ti
Não me amaldiçõe
Erro? Sei que cometi

domingo, 26 de junho de 2011

Adeus de Criança

Oi criança.
Cheia de esperança
Em uma via que não sabe para onde vai.

Entre encontros e desencontros.
Aos trancos e barrancos
Entre bichos e monstros
Sejam azuis ou brancos.

Seguindo a fila da vida
Que acaba na despedida
Uma ferida...
Desiludida.

De só adeus.
Apenas um tchau.
Uma aceno
Não te condeno.

Oi

 


Oi.
Te conheci.
Apenas te vi.
Só uma vez.
Sua tez.

Amor latente.
Adolescente.
Carente.
Quiçá doente.

Amei no instante
Amor distante
Uma só via
Nesta ferrovia.

Oi.
Já foi?
Nem deu tempo.
Apenas um passatempo.

domingo, 13 de março de 2011

Estátua

Parada na rua
Faça sol, chuva
Sob a luz da lua
No frio, sem luva

Teu silencio é um tormento
Teus lábios imóveis, frios
Olhar distante, ao relento
Olhar que causa arrepios

Tu representas a liberdade
Presa em teu concreto
O amor e a saudade
O afeto e o desafeto

Parada na esquina
Esta será tua sina
A tua beleza fascina
Do homem à menina

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tenho amigos

Tenho amigos,
Que me fazem rir,
Que me fazem chorar.
Mas são meus amigos,
Sou egoísta quanto a eles
E só eu posso falar deles
São amigos que vão,
São amigos que vêm.
Mas sempre serão amigos
Que ficam...
Guardados nas lembranças de um momento.
Momento que eu não faço questão de esquecer.
Sempre terei amigos, para as horas boas,
Para as horas ruins.
Sempre serão meus amigos...
Neste jogo da vida, sei que não jogo sozinho.
Porque eu tenho amigos...
Que cerceio, mas sem tirar a liberdade,
Sei que posso chamar em um momento de necessidade.
Amigos que sempre me serão jóias raras...
Amigos que nunca esquecerei suas caras...
E a qualquer momento, responderei com meu amor
Que sempre será incondicional.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cai à chuva

Cai à chuva, molha a minha face
Escorre a água,
Mistura-se com minhas lágrimas
Salgado, doce, não sei o gosto
Faz cócegas, uma lágrima foge
Um pingo escorre.

Entre tantos que caem
Aquele era especial,
Talvez por estar dentro de mim
Um fugitivo,
Mesmo sabendo de seu destino cruel,
Irá morrer como todos os outros

Irá escorrer pelo ralo da rua
Misturado a todos
Tornar-se-á mais um pingo d’água
Entre tantos... Foi apenas mais um
Com sua história misturada às outras.

Fecho os olhos

Fecho os olhos
Sinto o momento
Por alguns segundos deixo a vida passar
Estarei mais velho quando abrir os olhos.
                        Apenas alguns segundos.

Momentos passaram.
Mas me foram únicos
Ouvi a música.
Lembrei-me do beijo proibido
Uma vida se passou

Abri os olhos.
Nem um minuto sequer
O relógio continuou o seu tique-tac
Longo... Demorado.
Passou-se apenas mais um minuto em minha vida.

Pés na areia


Pequeninos pés descalços
Que tocam a fina areia
Pezinhos tão travessos
Que a estes grãos cerceiam

Sinto cócegas ao tocar
Pra mim ainda é estranho
Ver um mar deste tamanho
Ainda não sei o tamanho do mar

Um soninho dormi nesta areia
Não importa se bonita ou feia
Não importa se quente ou fria
Meu soninho dormi à maresia

Meus pequenos pés na areia
Foram lavados pela água do mar
Sob este sol que me alumeia
Deste dia que não vou lembrar

O futuro ainda é uma incerteza
Meus pezinhos têm muito a andar
Mas peço. Por gentileza
Deixem o meu caminho...
                        Eu mesma trilhar.



Este poema eu escrevi para uma pessoinha que eu amo muito, e que um dia será muito feliz nesta vida.
Mesmo que eu esteja longe, mesmo que o tempo nos afaste. Este momento ficará registrado. Não aqui, mas em minha memória; os seus pezinhos na areia.
A foto do poema é a original, sem nenhuma modificação. Foi tirada em um momento de alegria e espontaneidade.
Obrigado. Por vocês fazerem parte da minha vida e permitir eu compartilhar este momento com vocês. Amo muito vocês.

Segue teu caminho



Seguir-te-ei em todo seu percurso
Nunca te abandonarei no caminho
Se houver pedras em teu curso
Lembre-se que não estás sozinho

Sua estrada pode ser de flores
Mesmo elas podem ter espinhos
E eles, te causaram muitas dores
Mas nunca desvia de teus caminhos

Mesmo que distante o horizonte
Árdua e sofrida a tua jornada
Lembre-se que ao findar a ponte
Há alegria tão esperada